Governador do Amazonas vira réu por compra de respiradores superfaturados

Imagem: Reprodução – 23.abr.2019/Facebook/WilsonLimaAM
O STJ definiu nesta segunda (20) acatar o pedido de denúncia da PGR contra o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). Ele é acusado de crimes cometidos durante a pandemia. Com a decisão, Lima e outros 13 pessoas se tornaram réus.
O governador vai ter que responder por organização criminosa, crimes de peculato e embaraço as investigações. Ele também pode ser enquadrado em crimes previstos na Lei de Licitações.
Ele terá que esclarecer a compra de respiradores superfaturados, denúncia da PGR. Tal ação teria dado prejuízo de R$ 2,2 milhões aos cofres públicos. A acusação diz que os equipamentos foram comprados pelo dobro do preço de mercado.
“As condutas teriam sido praticadas em plena pandemia da covid-19, que ceifou milhares de vidas de brasileiros, inclusive no próprio estado do Amazonas”, declarou Francisco Falcão em seu voto. Ele foi o relator do processo no STJ. Todos os 11 ministros concordaram com a abertura do processo.
O vice-governador, Carlos Almeida, e o ex-secretário de Saúde Rodrigo Tobias também são réus. Servidores públicos e empresários precisarão prestar esclarecimentos sobre suposta participação no esquema.
Leia mais:
1 – Homem se acorrenta na Câmara Municipal de SP pedindo ação pelos sem-teto
2 – Comissão pede abertura de investigação pela morte de 200 pessoas em estudo com proxalutamida
3 – Como Bolsonaro reagiu à possível convocação de seu filho para a CPI da Covid
Governador do Amazonas se defende
O advogado Nabor Bulhões deu o posicionamento de Wilson Lima sobre as acusações. Ele garante que as denúncias são infundadas.
“Nós estamos cuidando de uma investigação que envolvia a suposta aquisição irregular de 28 ventiladores pulmonares. E essa investigação se transforma numa multiplicidade de crimes absolutamente incogitáveis”, declarou o defensor.
“As acusações contra mim não têm fundamento e tampouco base concreta, como ficará provado no decorrer do julgamento. Nunca recebi qualquer benefício em função de medidas que tomei como governador”.