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Governo Bolsonaro se esforça para impedir CPI do MEC em ano eleitoral

Bolsonaro com expressão de tanto faz.
O presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) montou uma “força-tarefa” comandada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), para impedir que o Congresso Nacional abra uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue denúncias de corrupção no Ministério da Educação (MEC). A preocupação dos governistas é o fato de estarmos em ano eleitoral e a crença de que a CPI desgastaria a imagem de Bolsonaro. A informação é do jornal O Globo.

O Planalto espera convencer senadores a retirarem o apoio antes do requerimento para a criação da CPI ser protocolado. Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do pedido para a formação do colegiado, diz ter conseguido as 27 assinaturas necessárias. No entanto, a base do governo afirma que pelo menos três já teriam desistido.

Arilton Moura, um dos pastores apontados como lobistas do Ministério da Educação e suspeito de cobrar propinas de prefeitos para agilizar liberação de verbas, se recusou a comparecer ao Senado nesta semana para explicar as suspeitas envolvendo seu nome. Com o episódio, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), que é presidente da Comissão de Educação, sinalizou que é a favor da instalação da CPI. “A CPI do MEC é certa. Vamos aguardar a assinatura de outros senadores, na próxima semana, para garantirmos a sua abertura. É claro que eu irei assinar, sou o presidente da Comissão de Educação do Senado, onde as apurações das denúncias começaram”, afirmou Castro nas redes sociais.

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Lobista do MEC visitou gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro

Foto de Eduardo Bolsonaro com expressão de indignado no plenário da Câmara.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Gilmar Feliz/Câmara dos Deputados

Arilton Moura, um dos líderes religiosos acusados por prefeitos de cobrar propina para facilitar liberação de verbas para municípios, visitou ao menos 90 vezes a Câmara entre janeiro de 2019 e março de 2022. Ele esteve, inclusive, no gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho 03 do presidente. É o que mostra um documento que o jornal O Globo teve acesso.

O movimento favorável a abertura da CPI para investir o suposto esquema no Ministério da Educação ganhou fôlego com o surgimento dessas novas revelações.

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