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Governo Bolsonaro pode não efetivar Pazuello no Ministério da Saúde após embate com Gilmar Mendes

Eduardo Pazuello

Da Coluna de Carla Araújo no UOL.

A recente indisposição de militares da ativa e da reserva com as declarações do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, que acusou o Exército de estar “se associando a esse genocídio” ao manter o general Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde, ampliou a pressão para que ele vá para a reserva.

Ministro palacianos — todos de origem militar — defendem a tese de que é preciso separar cargos políticos das Forças Armadas. A pressão vinda da caserna fez inclusive com que Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral) antecipasse sua aposentadoria da farda no início do mês.

A dúvida que paira é se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai, de fato, efetivá-lo no cargo ou escolher outro nome para que o militar siga na carreira. “Isso não está definido. Está sendo estudado”, disse um interlocutor do presidente.

“A efetivação seria perfeitamente legal. Mas a conveniência da medida só o presidente sabe”, afirmou um militar de alta patente.

A avaliação da maior parte dos militares — dentro e fora do governo — é de que, apesar de a escolha de antecipar a reserva ser pessoal, a situação ficou insustentável.

“Enquanto era algo transitório, temporário, para que ele pudesse cumprir uma missão até dava para se manter. Agora, no momento que a sua permanência se prolonga, o lógico é que ele peça a reserva”, avaliou um general da ativa à coluna.

A avaliação de um auxiliar palaciano é que “demorou” para que Pazuello tome a decisão de deixar o Exército. “Ele não precisa esperar (decisão do presidente). Tem que ir para a reserva”, disse um ministro.

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