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“Governo queria que eu fizesse coisa errada”, diz Moro. Pode rir

Sergio Moro e Jair Bolsonaro
Sergio Moro, então ministro da Justiça, com o presidente Jair Bolsonaro em 2019, durante Solenidade de Lançamento do Projeto Em Frente Brasil. Foto: Marcos Corrêa/PR

Em entrevista à Jovem Pan de Fortaleza, que vai ao ar no próximo sábado, o ex-juiz Sergio Moro afirmou que foi “forçado” a sair do governo de Jair Bolsonaro. Ele atuou por pouco mais de um ano como ministro da Justiça.

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“Fui forçado a sair porque o governo queria que eu fizesse coisa errada”, disse ele, que é pré-candidato à Presidência pelo Podemos. A “coisa errada” seria o aparelhamento da Polícia Federal para defender familiares a amigos do mandatário.

Na mesma entrevista, concedida à jornalista Patrícia Calderón, Moro aproveitou para equiparar Lula a Bolsonaro. Ele disse buscar os eleitores que estão “cansados da polarização” entre os dois.

“Busco todas as pessoas que estão cansadas da polarização. Famílias que brigam na mesa por político. Eu digo, não brigue por políticos. Por nenhum. Não quero que briguem por mim”, declarou.

O ex-ministro criticou a fala do presidente detonando o ex-procurador-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e voltou a dizer que Lula e Bolsonaro são iguais. “Bolsonaro se elegeu defendendo a Lava-Jato e agora vem com esse discurso igual ao do Lula. No fundo, PT, Lula e Bolsonaro são a mesma coisa. Não tem muita diferença”.

Moro assume que é ‘boa vida’, mas garante não ser rico

O ex-ministro e atual pré-candidato a Presidência da República Sergio Moro negou que tenha enriquecido com a profissão de juiz, ministro da Justiça ou até mesmo em sua atuação como consultor nos EUA depois de deixar a pasta do governo Bolsonaro, em abril de 2020.

Segundo uma reportagem feita pelo UOL, publicada em 2017, o salário oficial de Sergio Moro era de cerca de R$ 28 mil à época. Em julho de 2017, de acordo com os dados disponíveis no portal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) Moro ganhou 28.404,97: R$ 28.947,55 de subsídio, mais R$ 5.261,73 de verbas indenizatórias e mais R$ 8.362,63 de vantagens eventuais. A este total, subtraiu-se R$ 3.184,23 de previdência pública, R$ 7.435,53 de Imposto de Renda e R$ 3.547,18, referente a parte da remuneração que iria superar o teto constitucional de R$ 33.763.

“Não, de forma nenhuma (enriqueci). Veja, eu sempre fui servidor público. Como juiz, eu nunca enriqueci. Não vou mentir aqui, eu tinha um salário bom, os salários de juízes são bons, considerando a pessoalmente a média da população brasileira. Você tem uma boa vida, tem condições de cuidar da sua família, mas enriquecer não. Só se você fizer coisa errada e nunca fiz coisa errada na minha carreira judicial.”, disse o ex-juiz.

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