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Grupos neonazistas driblam TSE e continuam usando Telegram após bloqueio

Telegram é a principal escolha de grupos extremistas. (Foto: Rodolfo Almeida)

Após o “Telegram” ter se negado a entregar dados completos sobre as medidas de combate a grupos neonazistas no aplicativo, a Justiça Federal do Espírito Santo determinou à Polícia Federal (PF), na quarta-feira (26), que operadores de telefonia e lojas de aplicativos suspendessem imediatamente o acesso ao app de mensagens.

O problema não é recente. Desde que se popularizou, o aplicativo, por ter regras de privacidade mais ‘livres’, sempre foi a principal escolha para a disseminação de ideais neonazistas, interação entre grupos extremistas e de ideologias odientas. Ainda no ano passado, mesmo após diversas ofensivas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tentou bloquear o uso da plataforma, os grupos neonazistas presentes no aplicativo resistiram e continuaram a crescer e a se espalhar.

Um recente levantamento exibiu que diversos desses grupos fascistas, que contam com milhares de participantes, simplesmente alteraram o nome dos chats para tentarem “driblar” a Justiça. No fim do ano passado, um dos principais chats fascistas do Telegram, o Canais Antissemitas BR, já havia sido bloqueado por determinação da Justiça Eleitoral, mas não desistiu.

Em novembro, os administradores recriaram o chat com outro nome, resgataram o backup com centenas de links para outros grupos e canais com conteúdo neonazista e passaram a discutir táticas de como escapar de novos bloqueios. Os usuários também recorreram a soluções como uso de VPN e outras ferramentas que fornecem anonimato na Internet, para manter o uso do aplicativo.

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