GSI coloca em sigilo nomes de servidores investigados por ataques golpistas de 8 de janeiro
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula impôs sigilo ao número de servidores que foram alvo de investigações internas devido à sua atuação nos eventos golpistas do 8 de Janeiro.
O ministério militar responsável pela segurança dos palácios presidenciais se recusou a fornecer a informação por três vezes e, posteriormente, desrespeitou uma decisão da Controladoria-Geral da União (CGU).
A CGU considerou que não havia justificativa técnica ou legal para a negativa de acesso à informação, especialmente porque as apurações internas têm forte correlação com os eventos da invasão do Planalto.
A CGU, no entanto, deu duas semanas para o GSI responder à solicitação, mas o ministério desrespeitou a decisão ao citar apenas que 23 servidores foram ouvidos na condição de testemunhas, sem informar quantos foram efetivamente investigados. O GSI alegou ter cumprido a determinação da CGU, apesar de o documento indicar o contrário.
A CGU agora analisará a resposta do GSI e emitirá uma nova decisão sobre o caso. De acordo com relatos e vídeos, há indícios de que sugerem que os militares do órgão não reprimiram os invasores, o que levanta questionamentos sobre sua conduta durante o evento.
As informações são da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.