Herdeira da Basf nega que rejeitará herança milionária

A estudante de literatura e herdeira da empresa alemã Basf, Marlene Engelhorn, nega que teve a intenção de abrir mão da herança bilionária, como havia sido noticiado há algumas semanas, a fortuna é estimada em R$21 bilhões. Segundo Engelhorn, os veículos de comunicação da Itália e da Espanha são os grandes responsáveis por divulgar a notícia falsa.
A descendente de Friedrich Engelhorn, explicou que quando viu as manchetes com seu nome, não entendeu nada, justamente por não falar italiano nem espanhol e que precisou recorrer ao Google Tradutor.
Sem compreender de onde surgiu as declarações falsas, a austríaca afirma que vai herdar um valor de dois dígitos de milhões de euros e que não vai recusar.
“Eu gostaria de poder redistribuir pelo menos 90%, se possível por meio de taxas. Se não, encontrarei uma outra maneira”, disse a jovem ativista.
Ao ser informada sobre a herança que receberia, Engelhorn enviou uma carta aberta junto com outros ativistas que defendem a taxação de grandes fortunas.
“Os ricos costumam justificar que já têm fundações beneficentes, mas quem teriam que pagar são os estados. Não precisamos esperar que um rico venha fazer uma doação, isso não pode substituir o gasto público ou uma redistribuição verdadeiramente democrática”, completou ela.
Engelhorn acredita que a fortuna pertencente a sua família foi adquirido de maneira ilegal, sendo considerado um “dinheiro sujo”, já que a empresa alemã pode ter se associado ao nazismo e ter se beneficiado com crimes contra a humanidade, durante a Segunda Guerra Mundial.
“Quando você é super-rico é porque nasceu assim, e geralmente é dinheiro sujo. Nenhuma fortuna é limpa”, acredita ela.