Imigrantes menonitas destruíram 7 mil hectares da Amazônia desde 2017

As cerca de 150 famílias de imigrantes menonitas do Canadá e da Holanda, que se instalam na Amazônia peruana desde 2017, já desmataram aproximadamente sete mil hectares de floresta, segundo o governo peruano. Embora os membros desse grupo religioso aleguem que seu impacto na floresta é mínimo e controlado, as autoridades ambientais do Peru estão investigando a legalidade de suas ações e o impacto ambiental causado.
Os grupos menonitas em Loreto, por exemplo, começaram de forma simples, com barracas improvisadas, mas hoje possuem estruturas fixas, como escolas, igrejas e fábricas, incluindo uma de queijo.
Apesar de alegarem desmatar apenas pequenas partes da floresta, a extensão do desmatamento chama a atenção de ambientalistas e do governo peruano. Wilhelm Thiessen, um dos fazendeiros estrangeiros, defende a ocupação da terra como uma continuidade de suas tradições agrícolas e religiosas.
As investigações das autoridades peruanas, lideradas pelo Ministério do Meio Ambiente, buscam entender a magnitude das operações. Jorge Guzman, representante do ministério, destaca que o desmatamento realizado pelos menonitas ocorreu em áreas de floresta virgem, sem as devidas licenças, o que exige regulamentação, que esses novos moradores não possuem.