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Indígena bolsonarista preso por incitar golpe será transferido para a Papuda

O pastor bolsonarista e indígena José Acácio Serere Xavante (Patriotas), conhecido como Cacique Tserere
Foto: Reprodução

Após o pastor bolsonarista e indígena José Acácio Serere Xavante (Patriotas), conhecido como Cacique Tserere, ser preso pela Polícia Federal (PF) por ordem do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, o indígena foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda. O cacique continuará preso segundo a decisão da Justiça em audiência de custódia.

Acusado de condutas ilícitas em atos golpistas, o “cacique bolsonarista” estava sendo financiado pelo fazendeiro paulista Mauridis Parreira Pimenta, mais conhecido como Dide Pimenta. O cacique percorreu cerca de 500 km de Campinápolis até Brasília, no Distrito Federal, com o patrocínio do ruralista, que explora terras na região.

A prisão do Xavante foi solicitada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo prazo de dez dias para garantir a ordem pública. O bolsonarista gravou um vídeo na Superintendência da Polícia Federal, onde está preso, e pediu o fim da “briga com a autoridade policial” nas ruas da capital federal.

A prisão do aliado de Bolsonaro foi o estopim dos ataques terroristas que tomaram Brasília na noite desta segunda-feira (12), no mesmo dia da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente eleito e chefe da transição Geraldo Alckmin (PSB).

Segundo o órgão, o cacique integrou o grupo que invadiu a sala de embarque do Aeroporto Internacional de Brasília, no último dia 2. Ainda nesta segunda-feira (12), o cacique bolsonarista também convocou pessoas armadas para tentar impedir e tumultuar a diplomação de Lula.

Segundo o Correio Braziliense, ao contrário do que todos pensam, o indígena não tem função cacique na aldeia dele. Na verdade, quem comanda o local é o cacique Celestino. Alguns interlocutores da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) explicaram que o indígena não é tradicional.

Há seis anos ele se casou com uma mulher não indígena e até mesmo atua como pastor evangélico. A conversão religiosa ocorreu após ele ser preso por tráfico de drogas.

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