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Inflação foi ainda maior para os mais pobres, diz Ipea

Veja a favela
Paraisópolis, maior favela de São Paulo, é vizinha do bairro do Morumbi, na zona oeste de São Paulo. Foto: FELIPE SOUZA/BBC BRASIL

Alta no custo da energia elétrica, do gás de botijão e dos alimentos fez a inflação dos brasileiros mais pobres encerrar o mês de setembro 20% maior que a dos mais ricos, segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), diz o Estado de S.Paulo.

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Inflação para pobres

Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda registrou uma aceleração da pressão inflacionária na passagem de agosto para setembro em todas as faixas de renda. No entanto, o aumento de custos foi maior entre as famílias mais pobres, com renda domiciliar inferior a R$ 1.808,79 mensais: a variação dos preços passou de alta de 0,91% em agosto para elevação de 1,30% em setembro.

Entre as famílias de renda mais alta, que recebem mais de R$ 17.764,49 mensais, a inflação saiu de 0,78% em agosto para 1,09% em setembro. Entre os de renda média alta, com rendimento domiciliar mensal entre R$ 8.956,26 e R$ 17.764,49, a inflação acelerou de 0,85% para 1,04% no período.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado pelo Ipea para fazer o cálculo da inflação por faixa de renda, encerrou o mês de setembro com avanço de 1,16%, ante uma elevação de 0,87% em agosto.

Em setembro, os gastos com habitação deram a maior contribuição para a inflação percebida pelos três segmentos de renda familiar mais baixa, enquanto que o custo do transporte teve maior impacto sobre a inflação para as três faixas de renda mais alta, apontou o Ipea.