Escolas na Inglaterra deixam de exigir máscara e casos de covid disparam
Inglaterra fez uma aposta de alto risco quando em setembro e mandou milhões de estudantes de volta à escola sem a exigência de vacinação ou de uso de máscara, diz o New York Times. Isso acontece ao mesmo tempo em que o coronavírus continuava a propagar-se na população.
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Coronavírus avança na Inglaterra
No dia 5 de outubro, o Departamento de Educação divulgou seu boletim mais recente sobre o funcionamento do plano: 186 mil estudantes faltaram à escola em 30 de setembro com casos suspeitos ou confirmados de covid.
É um número 78% superior ao de 16 de setembro, além de ser o mais alto desde que a pandemia começou.
A julgar pelo que dizem muitos pais, o risco maior teria sido obrigar os estudantes a continuar usando máscaras, ou, pior ainda, mantê-los em casa.
Defensores da abordagem mais liberal seguida na Inglaterra dizem que ela permitiu que a grande maioria dos estudantes voltasse a ter uma experiência escolar normal. Já os críticos avisam que as crianças estão sendo expostas a riscos inaceitáveis.
Enquanto isso, os casos de covid aumentam mais rapidamente nas pessoas de 10 a 19 anos de idade.
Governo inglês insiste que os números da covid justificam sua abordagem de não exigir máscaras ou outras medidas. Mesmo com o grande número de faltas de alunos por conta da covid, 90% dos 8,4 milhões de alunos de escolas públicas estão em sala de aula, e as escolas estão funcionando quase normalmente.
A política seguida lá reflete a visão de longa data de que a maioria das crianças supera os efeitos da covid em pouco tempo e que relativamente poucas delas precisam ser hospitalizadas. Foi o mesmo argumento que levou o governo inicialmente a resistir à vacinação de menores de 16 anos.