Apoie o DCM

Escolas na Inglaterra deixam de exigir máscara e casos de covid disparam

Na Inglaterra: Veja a máscara
Na Inglaterra: Máscara. Foto: FREEPIK

Inglaterra fez uma aposta de alto risco quando em setembro e mandou milhões de estudantes de volta à escola sem a exigência de vacinação ou de uso de máscara, diz o New York Times. Isso acontece ao mesmo tempo em que o coronavírus continuava a propagar-se na população.

LEIA MAIS:

1 – Bolsonaro frita Mourão e barra vice em Conferência do Clima na ONU

2 – A CPI está no fim; os escândalos, não. Por Fernando Brito

3 – VÍDEO: Carol Solberg lamenta os 600 mil mortos pela covid e volta a criticar o governo Bolsonaro

Coronavírus avança na Inglaterra

No dia 5 de outubro, o Departamento de Educação divulgou seu boletim mais recente sobre o funcionamento do plano: 186 mil estudantes faltaram à escola em 30 de setembro com casos suspeitos ou confirmados de covid.

É um número 78% superior ao de 16 de setembro, além de ser o mais alto desde que a pandemia começou.

A julgar pelo que dizem muitos pais, o risco maior teria sido obrigar os estudantes a continuar usando máscaras, ou, pior ainda, mantê-los em casa.

Defensores da abordagem mais liberal seguida na Inglaterra dizem que ela permitiu que a grande maioria dos estudantes voltasse a ter uma experiência escolar normal. Já os críticos avisam que as crianças estão sendo expostas a riscos inaceitáveis.

Enquanto isso, os casos de covid aumentam mais rapidamente nas pessoas de 10 a 19 anos de idade.

Governo inglês insiste que os números da covid justificam sua abordagem de não exigir máscaras ou outras medidas. Mesmo com o grande número de faltas de alunos por conta da covid, 90% dos 8,4 milhões de alunos de escolas públicas estão em sala de aula, e as escolas estão funcionando quase normalmente.

A política seguida lá reflete a visão de longa data de que a maioria das crianças supera os efeitos da covid em pouco tempo e que relativamente poucas delas precisam ser hospitalizadas. Foi o mesmo argumento que levou o governo inicialmente a resistir à vacinação de menores de 16 anos.