Leia a íntegra da decisão de Alexandre de Moraes que pediu a prisão de Roberto Jefferson
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta sexta (13) a prisão preventiva do presidente do PTB, Roberto Jefferson.
Junto do mandado, o magistrado também determinou o cumprimento de busca e apreensão.
A justificativa é a suspeita de participação em organização criminosa digital para atacar a Corte e outras instituições.
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Na decisão, Moraes afirma que o bolsonarista faz parte de uma “possível organização criminosa” que busca “desestabilizar as instituições republicanas”.
“Uma possível organização criminosa – da qual, em tese, o representado faz parte do núcleo político –, que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas, principalmente aquelas que possam contrapor-se de forma constitucionalmente prevista a atos ilegais ou inconstitucionais, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o próprio Congresso Nacional”, escreveu o ministro.
Leia o documento na íntegra:
Alguns crimes de Roberto Jefferson
O bolsonarista Roberto Jefferson tem uma série de ações criminosas.
No mês passado, armado, ele gravou um vídeo ameaçando o embaixador chinês Yang Wanming.
O bolsonarista já chegou a ameaçar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) com um fuzil.
Crimes contra a honra também estão em seu portfólio.
No mês passado, o presidente do PTB foi condenado a indenizar Manuela D’Ávila em R$ 50 mil por calúnia.
O mesmo valor foi definido em ação contra Alexandre de Moraes, por associar o magistrado ao PCC.
Corrupto confesso, Roberto Jefferson já foi preso no passado.
Em 2012, ele foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão no processo do Mensalão.
Só passou três dias, de fato, na cadeia e o resta da pena foi perdoada.