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Bolsonaro será investigado no STF, a pedido de Moraes, por divulgar dados sigilosos da PF

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes. Foto: Wikimedia Commons

Nova investigação pedida pelo ministro Alexandre de Moraes chegou no presidente da República, Jair Bolsonaro.

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Bolsonaro é alvo

Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Moraes aceitou a notícia-crime do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela divulgação de dados sigilosos de um inquérito da Polícia Federal.

O presidente virou mais uma vez alvo de investigação no âmbito do inquérito das fake news. Além do presidente, Moraes também atendeu ao pedido do TSE para investigar o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) e o delegado da PF, Vitor Neves Feitosa, que era o responsável pelo inquérito que foi vazado por Bolsonaro. Barros teria recebido a informação do delegado e repassado ao presidente. O ministro decidiu que o delegado e o deputado devem ser ouvidos em no máximo 10 dias. Ele também enviou um ofício para o Facebook, o Twitter e o Telegram para que os posts contendo as informações sigilosas sejam excluídos.

Alexandre de Moraes ainda determinou que o delegado seja afastado e pediu ao diretor-geral da Polícia Federal para que abra um procedimento disciplinar para apurar os fatos. A PGR (Procuradoria-Geral da República) terá cinco dias para se manifestar. A delegada Denise Dias Rosa será a responsável pelo novo inquérito.

Para os ministros do TSE, há indícios de que o delegado teria levantado o sigilo de forma indevida e compartilhado as informações com o presidente e com o deputado, que foi o relator da PEC do voto impresso, derrotado nesta terça (10).

Outro pedido do ministro Alexandre de Moraes

Alexandre de Moraes solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a investigação do ministro da Justiça Anderson Torres.

A solicitação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é por campanha antecipada. Torres participou, em 29 de julho, de uma transmissão ao vivo realizada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O ministro da Justiça não só apoiou Bolsonaro nas falas da live, mas também deu argumentos para a discussão sobre a Justiça Eleitoral.

Esse ofício enviado por Moraes tem data de 10 de agosto e integra o inquérito das fake news. O processo já está em avaliação pelo corregedor geral do TSE, ministro Luís Felipe Salomão, e corre sob sigilo. O presidente Jair Bolsonaro foi incluído no inquérito das fake news, do qual Moraes é relator, no dia 4 de agosto devido à realização de live nas redes sociais em que ele contesta a confiabilidade das urnas eletrônicas. Moraes aceitou a notícia-crime feita pelo TSE contra o presidente. Também serão ouvidas como testemunhas quem estava presente na transmissão, entre eles, o ministro Anderson Torres, da Justiça.

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes. Foto: Wikimedia Commons