Apoie o DCM

Intervalo menor entre as doses da vacina pode fazer mal a saúde?

Dose de vacina em mãos
Menor intervalo entre as doses de reforço da Covid-19

O Ministério da Saúde anuncio em novembro um intervalo menor entre as doses de reforço da vacina contra a Covid-19. A aplicação que antes era feita após 6 meses de completar o esquema vacinal passou para 5 meses. A dose de reforço foi liberada para todas as pessoas com mais de 18 anos.

Diante desta decisão, o governo doestado de São Paulo resolveu diminuir ainda mais este tempo entre uma dose e outra, passando para 4 meses. A decisão não tem embasamento científico de acordo com o imunologista Gustavo Cabral.

“É uma decisão política, nada científica. Não tem necessidade. Ideia era que fosse em 6 meses. Aí vem o Ministério da Saúde falar que precisamos levar em consideração 5 meses pelo possível decréscimo da imunidade. A gente até compreende, embora não seja preciso”, afirmou. “Não vai fazer diferença. Agora tem resposta do governo do estado. Vamos para 4 meses. Fica bem claro que é briga política. Não está levando em consideração análises científicas.”

Leia também

1-https://www.diariodocentrodomundo.com.br/lula-globo-lenio-streck/

2-https://www.diariodocentrodomundo.com.br/ciro-gomes-ataca-general-heleno/#

3-https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/tropa-de-choque-stf-mendonca/

Problemas na saúde e a vacina

Para o médico Renato Kfouri, diretor da SBI (Sociedade Brasileira de Imunizações), não há risco para a saúde, mas não existem evidências de que um intervalo menor entre as doses seja benéfico. A antecipação das doses não é inédita, o Reino Unido diminuiu a dose para 3 meses para frear o avanço da variante Delta.

Segundo o médico Alexandre Naime, infectologista e professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) “É preciso levar em conta ainda a proximidade das festas de fim de ano, quando sabemos que as famílias se encontram e vão aglomerar”, avalia o especialista. “Pensando assim, o reforço antecipado é uma tentativa de aumentar a proteção no período”, afirma. O governo paulista usou a mesma justificativa para manter a redução do intervalo.