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Irmão de Celso Daniel diz que nunca culpou dirigentes do PT por assassinato

Celso Daniel durante entrevista
Celso Daniel. Foto: Reprodução

Bruno Daniel, professor de história e irmão do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, que foi assassinado em 2002, disse em entrevista ao UOL News, na quinta-feira (27), que a politização do caso é “muito negativa”. A morte de Celso Daniel está completando 20 anos e até hoje não foi totalmente elucidada.

O primeiro inquérito da Polícia Civil de São Paulo, concluído em abril de 2002, apontou que se tratava de um sequestro seguido de assassinato cometido por uma quadrilha da favela Pantanal, zona sul de SP. Com isso, o crime foi considerado comum, mas até hoje há quem defenda motivações políticas.

“A gente tem que olhar o caso do assassinato do meu irmão de forma mais abrangente. Temos que sair da esfera política e discussão da política eleitoral deste momento. Até porque temos eleição a cada dois anos, então qual é o momento de discutir a morte emblemática do meu irmão?”, indagou.

O jornalista Diego Souza questionou Bruno sobre as acusações que são feitas contra o PT em relação a morte de Celso Daniel. É neste momento que ele pede que o caso não seja politizado. “Eu acho que a politização é muito negativa. Eu acho que o que tá em jogo é um caso de humanidade”, relatou.

“Nós temos no país várias pessoas, lideranças de movimentos, ativistas sociais e políticos que foram assassinados. Isso indica que estamos longe de construir uma boa civilização. Então, politizar é deixar um canal muito estreito uma coisa que é muito mais abrangente, que nos faz pensar em que civilização estamos vivendo. Pensar desta forma é racionalizar de forma mais abrangente”, continuou

“Continuo defendendo que o caso seja apurado e a verdade venha à tona. E que, eventualmente, as pessoas que estiverem envolvidas sejam responsabilizadas. É isso que eu espero”, completou.

Tales Faria também citou o nome do Partido dos Trabalhadores, dizendo que Bruno falou que acreditava que a direção do PT tinha participação na morte do ex-prefeito de Santo André. O economista então o corrigiu: “Nunca fiz essa afirmação”.

“Minha demanda sempre foi que o crime fosse investigado de forma abrangente. Nunca fiz acusações contra ninguém e a nenhum partido. Sempre confiei nas investigações feitas pela polícia e pelo Ministério Público. Então não é correta a sua afirmação”, destacou.

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Irmão de Celso Daniel seguiu falando sobre o caso

“Houve investigações por parte do Ministério Público que revelaram que o crime foi planejado. Um promotor que participou de um júri popular para condenar parte dos criminosos que executaram Celso (fala), e que eu acho pertinente, que quem matou ele foi um corpo constituído de cabeça, corpo e membros”, disse Bruno, irmão de Celso.

“As pessoas que foram presas na época constituíram os membros, mas tem o corpo e a cabeça. Houve indiciamento do Sérgio Sombra por mando do crime, mas o caso continua sem perspectiva de elucidação completa. A verdade completa é desconhecida ainda”, completou.

Celso Daniel era filiado ao PT desde 1980 e se elegeu prefeito de Santo André três vezes. Também foi deputado federal entre 1995 e 1997.

Com informações do UOL News

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