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Janio de Freitas diz que Bolsonaro visitou Putin como candidato à reeleição

Janio de Freitas e Jair Bolsonaro
Janio de Freitas e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/YouTube

O veterano jornalista Janio de Freitas fez uma crítica direta ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na Folha de S.Paulo deste domingo (20). Ele abordou a viagem até a Rússia.

Janio começa a coluna: “Justificada suspeita reforçou a preocupação, retornada em crescendo duas semanas antes, com o golpismo anti-eleitoral.

Nas formalidades, quem viajou à Rússia e à Hungria levava o título de presidente; na verdade, quem procurou Putin e Orbán foi o pretendente à reeleição”.

Desenvolve: “Convidado há tempos, Bolsonaro só agora foi a Moscou por seu interesse em contar com a interferência cibernética dos russos na disputa eleitoral. Ao fascista, foi por tê-lo como seu orientador de golpismo, com intermediação mensageira de Carlos Bolsonaro.

A interferência de Moscou na derrota de Hillary Clinton para Trump, por cerrada emissão de fake news ao eleitorado americano, se feita no Brasil seria indefensável, como tem provado a indiferença do simples Telegram às restrições da Justiça Eleitoral.

A ação russa nos Estados Unidos tornou-se a mais escandalosa, mas várias outras foram constatadas. Com os resultados pretendidos”.

E frisa: “Os propósitos de transgredir a eleição brasileira ficaram comprovados com a tentativa de compra, por Bolsonaro, do equipamento Pegasus. Criado em Israel, é invasor de qualquer aparelhagem, para captar o uso ou introduzir os chamados conteúdos, mesmo que encontre as melhores defesas.

Os israelenses vivem um escândalo de sustos e temores com a descoberta de que governantes, parlamentares e figuras de destaque, em número alto e ainda incompleto, estiveram invadidos desde o período de Netanyahu. O Pegasus opera equipamentos alheios com mais eficiência do que os donos”.

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Interferência nas eleições

E conclui: “Apesar de motivo da preocupação, a interferência russa é incerta, até improvável, talvez. Para a batalha de hostilidades entre ocidentais e Rússia, os diferentes Lula e Ciro seriam melhores do que os iguais Bolsonaro e Moro.

A inserção soberana do Brasil no contexto das decisões mundiais, obsessão de Lula, só não é conveniente para poucos, Estados Unidos à frente, sua serviçal Grã-Bretanha e adendos tipo Austrália.

É possível que algum mais, digamos, por concorrência comercial, sabido que Bolsonaro é garantia de retrocesso em todas as atividades positivas. Marginal, cercado de ignorâncias negacionistas, ridicularizado, Bolsonaro nada significa no nível em que Putin faz sua esgrima”.

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