Juremir Machado lembra de podcast com crítica a Bolsonaro que foi apagado por bispo

O jornalista Juremir Machado, conhecido no Rio Grande do Sul, falou sobre a censura que sofreu no Correio do Povo. Ele disse que o veículo se tornou bolsonarista. Juremir ficou duas décadas por lá.
LEIA MAIS:
1 – VÍDEO – Gonzalo Vecina desafia negacionista ao vivo no DCM: ”Demonstre o que está falando”
2 – Negacionista Jainaina diz se sentir “na Inquisição”: “Que crime eu incitei?”
3 – Dados de médicos são vazados para negacionistas e compartilhados por Bia Kicis
O que disse Juremir Machado?
Ele escreveu no Twitter:
“Muitas pessoas me perguntando como estou depois de ter sido ejetado do jornal ao qual dediquei apaixonadamente 21 anos da minha vida: triste e firme. De pé.
Marcas da censura: eu tinha um podcast no site do Correio do Povo. Quando Bolsonaro vomitou aquelas asneiras sobre o feijão e o fuzil, fiz um comentário irônico sobre as escolhas do capitão. O bispo que manda no CP extinguiu meu podcast na hora.
No episódio do feijão e do fuzil a ordem do bispo foi para derrubar também um vídeo dominical que eu tinha lincado no jornal. Caiu e voltou. Havia contrato de patrocínio em vigor. O chefão não queria postagens contra Jair Bolsonaro.
Quando a extrema direita assumiu uma das primeiras determinações foi: chega de convidar o Lênio Streck.
Quando me tiraram do esporte a alegação foi: falando demais de política no horário.
Quase toda vez que eu publicava um textão no Facebook, sob a cartola Face a Face, aberto na mensagem, sem link, era artigo censurado”.
Marcas da censura: eu tinha um podcast no site do Correio do Povo. Quando Bolsonaro vomitou aquelas asneiras sobre o feijão e o fuzil, fiz um comentário irônico sobre as escolhas do capitão. O bispo que manda no CP extinguiu meu podcast na hora.
— Juremir Machado da Silva (@juremirm) January 6, 2022