Com ajuda da CPI, juristas denunciam Bolsonaro à Corte de Haia
Com conclusões da CPI da COVID-19, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) apresentou uma nova denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional, em Haia. Na denúncia entregue ao procurador da corte, os juristas alegam que o presidente cometeu “crime de extermínio contra a população brasileira”.
Uma primeira denúncia já havia sido apresentada em abril de 2020 pela entidade. Mas o processo não caminhou e o caso for arquivado. Agora, os juristas querem que o presidente seja investigado e denunciado por “crimes contra a humanidade” contra a população brasileira ao “assumir a opção de imunidade de rebanho, com boicote ao programa de vacinação e negação das políticas de cuidados sanitários”.
“De acordo com os juristas, a sistematização de dados produzidos pela CPI da Pandemia e por vários pesquisadores revelam o empenho e a eficiência da atuação do presidente e da União em prol da ampla disseminação do vírus no território nacional”, diz a entidade.
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Justistas afirmam que negacionismo de Bolsonaro impulsionou mortes
“As normas produzidas, decretos e vetos a leis votadas no Congresso, os discursos e atos de Bolsonaro foram determinantes para que o país alcançasse o atual número de mais de 600 mil mortos e 21 milhões de contaminados pela Covid-19”, afirmam.
Na denúncia, os juristas alegam que “as investigações e estudos provam que tudo ocorreu de forma intencional, planejada e sistemática para colocar em prática o plano de promover a imunidade de rebanho por contaminação da maioria da população”. Com informações do UOL.
“Talvez não seja possível saber quantas mortes de brasileiros poderiam ter sido evitadas se, sob a liderança de Bolsonaro, o governo não tivesse executado um projeto de propagação do vírus, mas é razoável afirmar que muitas pessoas teriam hoje suas mães, pais, irmãos e filhos vivos caso não houvesse um projeto institucional do governo brasileiro para a disseminação da covid-19”, ressalta.
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