Apoie o DCM

Justiça mantém decisão que proíbe o governo de atacar Paulo Freire

Veja Paulo Freire
Paulo Freire

A Justiça manteve a decisão liminar que proíbe a União de “praticar qualquer ato institucional atentatório à dignidade do professor Paulo Freire na condição de Patrono da Educação Brasileira”.

A decisão é do juiz federal Fábio Tenenblat, da Justiça Federal do Rio.

O Movimento Nacional de Direitos Humanos foi o autor da ação, apresentada em setembro.

O advogado Carlos Nicodemos representa o grupo.

Leia mais:

1. Excluída do Facebook e do Instagram, live em que Bolsonaro relaciona vacina a HIV pode ser vista no Youtube

2. Ambev, Vivo, Pão de Açúcar: quem são os 10 maiores devedores dos Estados brasileiros, segundo a Fenafisco

3. VÍDEO: Doria se irrita e tenta censurar entrevistadora ao ser perguntado sobre “traição” contra Alckmin

A Advocacia-Geral da União apresentou um recurso. Segundo o órgão, a decisão “restringe de maneira desproporcional o direito de liberdade de expressão de todos os representantes da União”.

“Analisando os autos, entendo não restarem presentes os requisitos necessários para a concessão do efeito suspensivo, em especial, o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo”, analisou o juiz.

Bolsonaristas descumprem decisão Judicial e atacam Paulo Freire nas redes

Integrantes do governo Bolsonaro desacataram a decisão da Justiça Federal do RJ. Após ser determinado que a União não poderia atentar contra a dignidade de Paulo Freire, e foram às redes sociais atacar o educador que completaria 100 anos, se estivesse vivo.

Na decisão liminar do dia 17 de setembro, a juíza Geraldine Vital determinou que a União “abstenha-se de praticar qualquer ato institucional atentatório à dignidade do Professor Paulo Freire na condição de Patrono da Educação Brasileira”. A decisão da magistrada atendeu a um pedido do Movimento Nacional de Direitos Humanos. A decisão é passível de recurso pela Advocacia Geral da União.

Em algumas publicações, o Secretário Nacional de Incentivo e Fomento à Cultura, André Porciuncula, criticou o educador dizendo ser Freire o ‘responsável por um verdadeiro holocausto educacional’. Em uma entrevista concedida à portal Gazeta Brasil, o secretário disse que o educador  ‘deixou gerações de militantes analfabetos’.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Para entrar em nosso canal no Telegram, clique neste link