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Lewandowski cobra de Dias Toffoli a independência do STF

Ricardo Lewandowski levou o presidente do STF, Dias Toffoli, a beber, nervosamente, goles de água e a determinar a suspensão da sessão por dez minutos.

Lewandowski, com razão, protestou contra o que poderia ser interpretado como subserviência a outro poder, o Executivo, de Bolsonaro, que anunciou que funcionários da corte poderão ser revistados nos dias 13 e 14 caso ingressem na corte.

É que o Executivo anunciou o fechamento da Esplanada dos Ministérios por conta de um encontro dos Brics.

Lewandowski lembrou que o Executivo não pode interferir no funcionamento de outro poder.

Dias Toffoli argumentou que se tratava de um protocolo de segurança.

Lewandowski insistiu que o Executivo não pode causar constrangimento em outro poder e afirmou que, como presidente do STF, esteve em reuniões em outros países, inclusive na Rússia e na China, e não houve nada semelhante.

Dias Toffoli disse, então, que ele decretaria ponto facultativo nos dias 13 e 14.

Diante disso, Lewandowski disse que se curvava a essa decisão, pois tinha origem na decisão do presidente do STF.

No retorno dos trabalhos, ele disse a Dias Toffoli que não teve a intenção de desprestigiá-lo.

Nervos à flor da pele.