Líder da bancada evangélica critica Barroso por proibição de missões religiosas em aldeias indígenas

O deputado Cezinha de Madureira (PSD) criticou o posicionamento do ministro Barroso, do STF, sobre a proibição de missões religiosas em aldeias indígenas isoladas na pandemia da Covid-19. O presidente da bancada evangélica da Câmara quer que o caso seja enviado ao plenário do Supremo.
Segundo o parlamentar em entrevista para a Folha de S. Paulo, o ministro segue com “rusgas” com o presidente. E isso estaria afetando as decisões do magistrado, como o veto à entrada de missões religiosas.
“Ele não pode pegar o fígado dele com o presidente Bolsonaro para atacar nossa liberdade religiosa. Vai atacar o presidente atacando a gente, porque somos próximos? Inadmissível”, comentou. Ele disse que a decisão é uma perseguição. E promete que a pressão contra o Supremo será muito grande.
“Somos 114 deputados evangélicos na Câmara, 14 senadores, e a tendência é aumentar a bancada em 2022. Querendo Barroso ou não, o evangelho vai crescer no Brasil. Os temas relacionados à nossa fé no Judiciário terão que passar pela Câmara e pelo Senado”, completou.
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Barroso e a proibição
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, reforçou a proibição a missões evangélicas em aldeias indígenas isoladas durante a pandemia. A decisão causou rebuliço entre integrantes da bancada evangélica do Congresso.
O grupo de parlamentares divulgou, na sexta (24), uma nota acusando o ministro de “perseguição ideológica”. O comunicado diz que a proibição decidida por Barroso é “claramente orientada por ideologia declaradamente anticristã”.