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Líder yanomami diz que Mourão ignorou pedido de ajuda: “Não fez nada”

A jornalista Renata Lo Prete, da Globo, entrevistando o representante indígena Dário Kopenawa Yanomami
Foto: Reprodução/Jornal da Globo

Na madrugada desta terça-feira (24), após um ação do governo Lula para ajudar os Yanomamis, que vivem uma crise humanitária, em uma entrevista concedida à jornalista Renata Lo Prete, da Globo, Dário Kopenawa Yanomami, que está monitorando há anos e luta pelos direitos dos indígenas, contou como a situação foi tomando novas proporções e se agravando durante os últimos anos, em especial, por causa do avanço do garimpo ilegal:

Qual é a questão de atendimento à saúde mais urgente a ser enfrentada na reserva Yanomami?

É mais urgente [a presença] de mais técnicos de enfermagem, enfermeiros, nutricionistas e medicamentos.

Em 2020, você me disse que o garimpo na reserva é “doença, violência e morte”. Pode descrever como a situação piorou com a pandemia.

Mais doença, mais violência e mais mortes. E o cenário do garimpo ilegal também piorou a duras consequências da pandemia do coronavírus, que também agravou bastante.

No governo passado, você relatou pessoalmente ao vice-presidente Hamilton Mourão as consequências da explosão do garimpo dentro da reserva. Algo aconteceu?

Eu conversei pessoalmente com o vice-presidente Hamilton Mourão para tomar as providências mais urgentes e retirar os garimpeiros da Terra Indígena Yanomami. Não aconteceu nada e não foram tomadas as providências do que eu pedi na presença do vice-presidente Mourão.

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