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Procuradores acham que Lindôra colocou eficácia de máscara em dúvida para cavar vaga de Aras

Subprocuradora-geral da República Lindora Araújo Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ

A subprocuradora-geral Lindôra Araújo disse que Jair Bolsonaro (sem partido) não cometeu crime ao ignorar o uso da máscara. Isso está sendo visto como a entrada dela na vaga de Augusto Aras, chefe da PGR.

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Lindôra na PGR

Imagem: Gil Ferreira/Agência CNJ

Manifestação da subprocuradora-geral Lindôra Araújo, que afirmou nesta semana que Bolsonaro não cometeu crime ao ignorar o uso da máscara, foi vista entre seus pares como um gesto para se cacifar ao posto de procuradora-geral da República, cargo que hoje é ocupado por Augusto Aras.

O entendimento de Lindôra foi diferente da posição que ela mesma teve há um ano, quando pediu que um desembargador fosse investigado por não utilizar máscara. Sabatina para aprovar a recondução de Aras ao cargo de PGR foi marcada para a próxima semana pelo Senado, mas ele ainda alimenta o sonho de ir para o Supremo Tribunal Federal (STF). Aras se vê como a melhor opção de Bolsonaro, caso seu indicado à corte, André Mendonça, seja rejeitado pelos parlamentares.

Nesse cenário, o nome de Lindôra, tida no Ministério Público Federal como “bolsonarista de carteirinha”, poderia se viabilizar como opção para substituí-lo. Para integrantes do órgão, o parecer em que a subprocuradora-geral isenta Bolsonaro teria sido um gesto para fazer frente ao subprocurador Eitel Santiago, outro cotado para uma eventual substituição de Aras.

Com informações de Bela Megale no Globo.