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Luciano Huck defende ‘novas lideranças’ e ‘coalizão política’ para conter a desigualdade

Luciano Huck no Caldeirão. Foto: Divulgação

De Vinícius Passarelli no Estado de S.Paulo.

O empresário e apresentador de TV Luciano Huck voltou a defender o surgimento de novas lideranças para a superação da desigualdade social no Brasil. Potencial candidato à presidência em 2022, Huck elegeu a desigualdade como o “maior obstáculo ao progresso do Brasil” em artigo publicado nesta quarta-feira, 5, no site Project Sydicate, no qual afirmou que o País precisa de uma “ampla coalizão política para conter a desigualdade, tomando emprestadas as melhores idéias da esquerda e da direita”.

“Pureza ideológica e políticas desinformadas não resolverão os problemas mais prementes do Brasil. Além disso, precisamos de políticos e funcionários públicos qualificados técnica e eticamente para o trabalho. Mas não podemos esperar que os formuladores de políticas tenham sucesso sem ajuda externa”, disse o apresentador, ressaltando que os governos posteriores à redemocratização, em 1985, “domaram” a inflação, aumentaram a assistência social e “até reduziram a probeza”, mas a desigualdade permaneceu alta.

Para superar a desigualdade – “ligada ao legado brasileiro de colonialismo” -, Huck destacou a necessidade de investimentos na educação e mudanças na forma como os impostos são cobrados no Brasil. 

“O principal culpado é um sistema regressivo de impostos e subsídios que beneficiam desproporcionalmente pessoas mais ricas como eu. O Brasil possui baixas taxas de imposto de renda e de propriedade em relação a outros países da OCDE, mas impõe um bando de impostos indiretos sobre os pobres”, escreveu.

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