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Merval enterra Moro: “Não apareceu a famosa 3ª via”

Veja Merval Pereira e Sergio Moro
Merval Pereira e Sergio Moro. Foto: Wikimedia Commons

Merval Pereira, o imortal da Globo, detonou Sergio Moro em sua própria coluna neste domingo (19). Merval é o lavajatista do Grupo Globo.

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Merval Pereira enterra Moro

Ele escreve:

“A falta de opções na disputa presidencial pode ser definida pela atual situação refletida nas pesquisas de opinião, especialmente as das empresas mais bem equipadas, IPEC ( ex-Ibope), e Datafolha. O brasileiro votou em Bolsonaro para tirar o PT, e está votando no ex-presidente Lula para para tirar Bolsonaro do governo. Não apareceu alternativa, a famosa terceira via, que permita acabar com esse jogo de empurra de um lado para outro, que acaba dando errado”.

Desenvolve:

“Num ambiente desses, mesmo que houvesse um grande político à disposição da terceira via, não há espaço para grandes discussões. A questão vira, para a maioria dos eleitores, ‘quem vai me ajudar’, ‘quem pode me ajudar’, ou quem convence mais pessoas que é a solução milagrosa para resolver os problemas. Na campanha, existe um milagre prometido, hoje é o que leva Lula a poder vencer no primeiro turno: promessa de picanha e cerveja para todo mundo, a volta a um tempo que nunca houve.

Quando começa o governo, a realidade se impõe a essas promessas vãs, a esses sonhos de que uma pessoa só resolverá o problema do Brasil. Estamos numa situação muito complicada. Você elege qualquer um que venda ilusões, que consiga passar para a população uma expectativa de melhoria. Foi assim em 2018 com Bolsonaro, e está sendo assim em 2022 com Lula, que aparece como o grande salvador da Pátria. Não é à toa que o ex-juiz Sérgio Moro já está dando uma guinada em sua proposta de governo, pondo mais ênfase na criação de um projeto nacional contra a pobreza, deixando o combate à corrupção como necessário, mas não suficiente para governar o país de hoje, pois a emergência é outra”.

E encerra criticando Lula:

“O Lula do primeiro governo, que levou tucanos para postos chaves como o Banco Central e outros do ministério da Fazenda, não é o verdadeiro Lula. O PT foi muito intolerante com todos os tucanos que estavam no governo Lula. Se Antonio Palocci não fosse tão forte politicamente na ocasião, tinham saído todos os tucanos que estavam lá ajudando a fazer um governo equilibrado financeiramente, que deu chance, num momento econômico bom do mundo, de Lula avançar nos programas sociais”.

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