Merval fala em “narrativas”, ataca Prerrogativas, Bolsonaro e Lula para proteger Moro
Imitando o Carluxo, o imortal da Globo, Merval Pereira, escreveu uma coluna no jornal nesta terça (14) defendendo Moro citando supostas “narrativas” do Grupo Prerrogativas, de Bolsonaro e de Lula. Ele não desiste do ex-juiz.
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Merval Pereira fala de “narrativas”
Ele inicia:
“A verdade, como definiu o austríaco Karl Popper, é inalcançável, o mais perto que se chegue dela é insuficiente. Mas é possível saber quando se apresenta o falso. Outro dia, Ruy Castro escreveu sobre a mudança no sentido das palavras nos dias de hoje, e a mais política delas é ‘narrativa’, que ganhou a conotação de uma versão falsa sobre determinado assunto. Pois estamos em meio a uma guerra de narrativas na disputa presidencial, que se tornará cada vez mais acirrada à medida que a campanha eleitoral acelere.
Os três candidatos que aparecem à frente nas pesquisas de opinião —Lula, Bolsonaro e Sergio Moro — estão envolvidos nos mesmos episódios históricos que serão determinantes na decisão do eleitor, e as narrativas se sucedem, às vezes coincidentes entre dois deles, para tentar desmoralizar o adversário, às vezes disparatadas entre si”.
Desenvolve:
“Há momentos em que o ex-presidente Lula e Bolsonaro se aproximam nas narrativas, como quando querem pregar na Operação Lava-Jato a pecha de ter sido uma ação política, não jurídica, em que métodos distorcidos foram utilizados. Bolsonaro outro dia ajudou a narrativa de Lula quando disse que os procuradores de Curitiba “escreviam o depoimento e chamavam o cara para assinar”. Era um ataque ao ex-procurador-chefe da Lava-Jato em Curitiba Deltan Dallagnol, hoje candidato a deputado federal pelo Podemos”.
Ataca o Prerrogativas:
“A narrativa de Lula — apoiada por uma série de advogados que se dizem imparciais, mas disputam um lugar ao lado de Lula à mesa de uma confraternização — de que houve um conluio da Justiça, em diversas instâncias do Poder Judiciário, para tirá-lo do páreo pode fazer sentido para seus seguidores, que se eximem de ter de explicar o que aconteceu na Petrobras e em outras estatais”.
E conclui:
“Dos três, Moro parece o mais desaparelhado para essa disputa cruenta que se avizinha, por falta de estrutura partidária e experiência política. Por isso, o apoio do partido União Brasil, que nasce da fusão do DEM com o PSL, é tão importante para ele”.
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