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Micheque: existem outros depósitos de Queiroz para a mulher de Bolsonaro?

Michelle, Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo. Foto: Marcelo Brandão/Senado Federal

Da Carta Capital

Jair Bolsonaro tem adoração pela esposa 27 anos mais jovem. Fez questão que a primeira-dama estivesse a seu lado ao tentar receber na marra, na quinta-feira 16, no Texas, um prêmio de “homem do ano” que lhe foi dado por certa entidade americana. Quando o nome de Michelle apareceu, em dezembro, como receptora de 24 mil reais depositados em sua conta pelo ex-PM Fabrício Queiroz, amigo do clã Bolsonaro, o ex-capitão perdeu o chão. Saiu do sério, ficou muito preocupado, segundo contou à época, em uma conversa a portas fechadas, um advogado que era do time de defensores do atual presidente. Imagine-se o transtorno de Bolsonaro agora que o Ministério Público (MP) do Estado do Rio faz uma devassa financeira na família Queiroz, em um caso que tem tudo para transformar em inferno a vida do primogênito do presidente, Flávio, senador pelo Rio.

Queiroz e Flávio tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados no fim de abril por ordem judicial, a pedido do MP. Será que os dados do ex-PM, funcionário por uma década de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, revelarão outros depósitos para Michelle? Os 24 mil caíram na conta dela em algum momento entre 2016 e 2017, conforme um relatório de 2018 do Coaf, o órgão federal de vigilância de transações bancárias suspeitas. Bolsonaro dizia em dezembro que se tratava de parte da liquidação de um empréstimo de 40 mil que ele havia feito a Queiroz. O depósito havia sido em favor da esposa, pois Bolsonaro afirmava que não tinha tido tempo de ir ao banco sacar a grana da própria conta.

Explicações estranhas. O ex-capitão não podia usar a internet, território onde deita e rola politicamente, para realizar movimentações bancárias com os recursos repassados por Queiroz? Por que precisava de 24 mil em dinheiro vivo?

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