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Miliciano ligado aos Bolsonaros vivia em mansão na Bahia com documento falso

Carteira de identidade falsa utilizada por Adriano Magalhães da Nóbrega: nela, o ex-capitão do Bope se identifica como Marco Antonio Linos Negreiros Foto: Reprodução

Do Globo:

Foragido da Justiça há um ano, o ex-capitão do Bope Adriano Mendonça da Nóbrega mudou de visual e até de nome. Denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual como um dos chefes da milícia de Rio das Pedras e da Muzema, ele deixou a barba crescer e passou a usar uma carteira de identidade falsa. O documento foi encontrado na semana passada, quando investigadores tentaram prendê-lo na Costa do Sauípe, na Bahia.

Adriano alugou uma mansão em um condomínio de luxo do balneário para festejar seu aniversário, no último dia 14. No último sábado, policiais civis do Rio e da Bahia descobriram o endereço, mas, ao perceber a chegada dos agentes, segundo a polícia, ele fugiu. Na pressa, deixou uma carteira de identidade com o nome de Marco Antonio Linos Negreiros. Na foto, o ex-PM aparece de barba.

O documento falso tem alguns dados verdadeiros, como a data de nascimento de Adriano. Além disso, ele preservou o primeiro nome da mãe, Raimunda, e do pai, José, alterando apenas o sobrenome de ambos. A identidade teria sido emitida em 9 de junho de 2016 pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará. O ex-capitão do Bope, que é carioca, aparece como natural do estado.(…)

Segundo promotores do Gaeco, em vez de se hospedar em um resort da Costa do Sauípe, Adriano preferiu uma mansão dentro de um condomínio porque, além de ser um local mais discreto, o imóvel poderia abrigar seus seguranças. A luxuosa residência, com piscina, foi alugada por um mês, ao custo de mil reais por dia.

(…)

PS: O capitão Adriano é o miliciano que Moro deixou fora da ‘lista de mais procurados’, e que está ligado ao caso Flávio.