Molon ficará sem recursos para campanha, decide o PSB

A executiva nacional do PSB decidiu que Alessandro Molon ficará sem recursos para sua candidatura ao Senado Federal caso insista em concorrer nas eleições deste ano. A decisão do partido ocorreu nesta quarta (3) em reunião e agora cabe a Márcio França, tesoureiro da sigla, comunicar a decisão. A informação é do jornal O Globo.
A retirada dos recursos da campanha de Molon ocorre durante cabo de guerra com o PT. O partido de Lula quer que André Ceciliano seja candidato ao Senado Federal pelo Rio de Janeiro com o apoio do PSB, enquanto o deputado pessebista quer manter sua candidatura.
A ideia é que o PSB apoie a candidatura ao Senado em troca de um apoio do PT à candidatura de Marcelo Freixo ao governo do estado do Rio de Janeiro.
Nesta terça (2), o PT do Rio anunciou que pretende tirar o apoio a Freixo no estado. Em nota, o partido disse que debate “alternativas de coligação majoritária” para “um forte palanque” de Lula.
“Nesse cenário, infelizmente não é mais possível manter o apoio a candidatura Freixo ao governo do estado”, diz o PT. O partido ressalta que a retirada do apoio não é culpa de Freixo e diz que ele “sempre defendeu a unidade da coligação”, mas apostava no convencimento de Molon.
Leia a nota do PT na íntegra:
O PT do RJ rompe a aliança com Freixo!
Nos últimos meses, um debate dividiu a coligação de apoio a pré-candidatura de Marcelo Freixo ao governo, foi a insistência do deputado Molon, com apoio de parte da Direção Nacional do PSB, em manter a sua candidatura divisionista ao Senado.
Esse descumprimento de um acordo feito entre Molon e Freixo, entre o PT e o PSB, nos dividiu, com parte da esquerda atacando o nosso companheiro André, pré-candidato do PT ao Senado, numa campanha sórdida nas redes, como não se via faz anos.
A aventura da candidatura divisionista se manteve, mesmo após o Ato na Cinelândia, mesmo após os posicionamentos do próprio Marcelo Freixo, Flávio Dino, Márcio França e Danilo Cabral em defesa da unidade e cobrando o cumprimento do acordo. Aliás, Marcelo Freixo sempre defendeu a unidade da coligação apostando primeiro no convencimento do deputado Molon, confiando no Acordo firmado entre os dois, e depois pressionando Molon e a Direção Nacional do PSB.
Na nossa boa fé, e na nossa crença na importância do cumprimento de acordos, sabendo da nossa responsabilidade na construção de uma coligação de 8 partidos, aguardávamos até agora por uma definição final da Direção Nacional do PSB. Todavia, fomos surpreendidos pela defesa do Presidente Nacional do PSB da manutenção da candidatura divionista e aventureira de Molon.
Consideramos que a divisão na coligação majoritária inviabilizará um palanque forte para o Presidente Lula, inviabilizará as nossas candidaturas majoritárias, tanto Freixo, como o André. Não aceitamos mergulhar nosso partido e nossas campanhas em uma guerra fratricida. Não faremos o jogo pequeno das prioridades pessoais, da manutenção de mandatos proporcionais a todo custo, como é a prioridade de alguns setores.
Reafirmamos a candidatura do nosso pré-candidato André Ceciliano ao Senado, candidatura aprovada por unanimidade no Diretório. Desde 2019, André liderou a ALERJ defendendo a UERJ, os servidores, e a democracia contra os ataques da ultra-direita. André nos representa.
Mas nesse cenário, infelizmente não é mais possível manter o apoio a candidatura Freixo ao governo do Estado. E vamos, nos próximos dias, debater alternativas de coligação majoritária com a Direção Nacional do PT e com os partidos da Federação para que tenhamos um forte palanque do Lula no nosso Estado.