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Moro estaria preparando contra-ataque a Bolsonaro depois da humilhação que sofreu

Bolsonaro e Moro

Da coluna de Tales Faria, publicada no UOL:

A confraria de promotores e policiais federais que gira em torno do ex-juiz e hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro, ficou até mais indignada que o próprio com o fato de ele ter sido desautorizado publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro. Como se sabe, o presidente da República determinou o afastamento da cientista política Ilona Szabó do cargo de suplente no Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. O  ministro a havia convidado.

Guindado à pasta da Justiça como um superministro intocável do novo governo, Moro viu sua autoridade jogada por terra. A chamada República de Curitiba, que o cerca, passou a temer pelos movimentos futuros do presidente depois que conseguiu enfraquecer a figura pública do ex-juiz da Lava Jato. Mas o ministro mandou um recado pedindo calma aos mais exaltados. Disse considerar o desgaste momentâneo. E, principalmente, que ele e seu grupo têm cartas nas mangas que, cedo ou tarde, colocarão o Planalto contra a parede: as investigações contra ministros e outros integrantes do governo.

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A irritação do grupo de Moro não tem a ver apenas com a vergonha pelo fato de o chefe ter sido desautorizado publicamente. Tem uma motivação política, de poder. O grupo de Moro sonha com a candidatura do chefe à sucessão de Jair Bolsonaro

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