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Moro é rejeitado e tratado com desconfiança por partidos

Sergio Moro. Foto: Sérgio Lima/Poder360

O ex-juiz Sergio Moro, que almeja ser o candidato da terceira via em 2022, é preterido por dirigentes de partidos de centro e centro-direita.

Ele é tratado com desconfiança e visto como uma incógnita, o que dificultaria alianças eleitorais, de acordo com a Folha.

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Os dois principais fatores que contribuem para este ceticismo em relação ao ex-juiz são: ter abandonado a magistratura para se tornar ministro de Bolsonaro; e ter sido considerado parcial pelo STF à frente dos casos envolvendo o ex-presidente Lula na Lava Jato.

Presidentes de seis partidos políticos ouvidos pela Folha acreditam que Moro começa sua carreira política isolado e precisará mostrar muito traquejo.

Um dos dirigente afirma que o ex-magistrado precisa “descer do salto” e dialogar com os outros postulantes ao espaço da terceira via.

Agenda esvaziada e encontros com o baixo clero: como foi a visita de Moro a Brasília

Sergio Moro passou um dia em Brasília na semana passada e teve reuniões isoladas, com uma agenda que acabou esvaziada. Em reunião com dois deputados federais, não afirmou a qual cargo vai se candidatar, mas sinalizou que será à presidência. O objetivo da viagem era se apresentar e conversar previamente sobre sua filiação ao Podemos, que ocorre na próxima quarta (10).

Moro esteve em Brasília entre quarta (3) e quinta (4). Tinha pré-agendado reuniões com a bancada do Podemos, grupo de parlamentares do PSL e com o general Santos Cruz.  Os encontros não ocorreram e o ex-juiz acabou se reunindo com parlamentares simpatizantes de outras siglas e congressistas do Podemos.

Na quinta, esteve com Leo Moraes, do Podemos de Roraima. Segundo o deputado, ele perguntou sobre Rondônia e o nível de crescimento do PIB do estado. “Moro disse que tem curiosidade de ir lá para passar mais tempo. Contou que ficou um dia no estado, mas como ministro, e que agora quer ir novamente com o partido. Ele sente que esse é um interesse que foi aflorado nele, de conhecer mais o Brasil”, relata.

Em reunião com outros parlamentares, também fez questões locais e telefonou a membros de outras siglas e de diversos outros estados. Aliados avaliam que o gesto sinaliza que ele vai concorrer à presidência.