“Morreu o Goebbels do fascismo brasileiro”, diz Jones Manoel sobre Olavo
O professor, intelectual e militante do PCB, Jones Manoel, fez uma reflexão sobre o guru bolsonarista Olavo de Carvalho. O guru morreu nesta segunda (24) em decorrência das complicações da Covid-19.
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Jones Manoel escreve sobre Olavo de Carvalho
Jones escreveu em sua rede social, no Twitter: “Morreu o Joseph Goebbels do fascismo brasileiro. Olavo de Carvalho foi queimar no inferno.
Anos publicando nos maiores jornais do Brasil, dando palestras pagas por grandes empresários, participando de projetos pagos pelas Forças Armadas com dinheiro público”.
Ele prossegue: “É muito fácil e cômodo imaginar que essa máquina de ideias fascistas ficou famoso só com vídeos no YouTube e cursos online. Mas isso é falso.
[Olavo de Carvalho] foi turbinado de dinheiro e visibilidade por vários meios – sem falar na estrutura de divulgação e circulação dos seus livros”. Verdade.
O guru morreu rompido politicamente com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles já não se falavam há quase um ano. E há detalhes sobre esse rompimento.
Olavo recusava o título de guru de Bolsonaro e dos seus filhos. E dizia só tê-lo encontrado na vida não mais do que quatro vezes. Menosprezava.
Suas últimas palavras sobre Bolsonaro foram ditas em uma live no dia 20 de dezembro de 2021, da qual participaram em silêncio os ex-ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente), Abraham Weintraub (Educação) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores).
Na gravação, ele sentenciou que a “briga está perdida”. “O Brasil vai se dar muito mal, não venham com esperanças tolas. Existe uma chance [de ele voltar], mas remota. Só se Bolsonaro acordar, e eu não sei como fazê-lo acordar.” Os três ex-ministros afastaram-se do presidente.