MP e Conselho de Medicina investigam médica que aplicou nebulização com cloroquina em pacientes em UTI

O Hospital Nossa Senhora Aparecida, de Camaquã (RS), cidade a 130 quilômetros de Porto Alegre, solicitou nesta segunda-feira (22) ao Ministério Público estadual e ao Conselho Regional de Medicina (Cremers) que investiguem a conduta profissional da médica Eliane Scherer, que até semana passada atuava como intensivista na instituição.
A médica estava utilizando um procedimento experimental e sem comprovação científica em pacientes da emergência com hidroxicloroquina inalável para combater a Covid-19. O medicamento era diluído em soro fisiológico e aplicado sob a forma de nebulização.
O procedimento não tem aval dos protocolos de saúde do hospital nem do fabricante do produto, o que coloca em risco a segurança dos pacientes. Segundo a assessoria jurídica do hospital, a médica “descumpria protocolos [de segurança] de forma contumaz”, o que provocou o pedido para que fosse desligada do corpo de profissionais que atende a instituição.
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