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MP recusa delação premiada de viúva de Adriano da Nóbrega

MP recusa delação de viúva de Adriano da Nóbrega
Delação premiada de Júlia Lotufo é recusada pelo MP do Rio

A delação premiada da viúva de Adriano da Nóbrega foi recusada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio. A proposta foi feita pela defesa de Júlia Lotufo, viúva do ex-capitão da PM fluminense. Os promotores avaliaram que a delação contava com inconsistências, agravadas pelo fato de que Júlia não ter assumido os crimes que a colocaram na prisão no ano passado, como lavagem de dinheiro da quadrilha liderada pelo ex-marido.

A delação tinha como objetivo, além da redução de pena, obter autorização judicial para Júlia morar em Portugal. Ela alega estar sofrendo ameaças das pessoas que citou nos anexos da delação. Detida em março de 2021, ela está desde abril em prisão domiciliar por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Após o Ministério Público Federal (MPF) mostrar desinteresse na colaboração de Júlia, resta a ela reapresentar anexos que sejam convincentes para os promotores. O Gaeco sentiu falta de provas de corroboração e de informações sobre a quadrilha de Adriano.

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MP tem crise interna em torno da delação de viúva de Adriano da Nóbrega

As negociações sobre a delação de Júlia causaram uma crise interna no MP. Em julho de 2021, as promotoras Simone Sibílio e Leticia Emile saíram da força-tarefa do Caso Marielle devido ao risco de interferências externas que pudessem comprometer as investigações. A Polícia Civil do Rio havia apresentado um mês antes ao MP a viúva do ex-capitão para uma delação premiada.

Apesar de Júlia alegar ter pistas sobre os mandantes do Caso Marielle, as promotoras e o então titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Moysés Santana, foram afastados da negociação sobre a delação.

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