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MPF pede bloqueio de bens de Barros por remédios nunca entregues

Ricardo Barros depõe na CPI da Covid
À mesa, em pronunciamento, líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Foto: Pedro França/Agência Senado

O Ministério Público Federal voltou a pedir na Justiça o bloqueio de cerca de R$ 20 milhões em bens do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara, de quatro servidores e ex-servidores do Ministério da Saúde e da empresa Global Saúde.

O pedido foi feito pela procuradora da República no DF Carolina Martins de Oliveira nesta quarta-feira (22) dentro de uma ação de improbidade administrativa que apontou irregularidades na compra de remédios na gestão de Barros à frente do Ministério da Saúde durante o governo Michel Temer (2016 a 2018). Com informações do UOL.

As irregularidades, dizem os procuradores, envolvem a compra dos medicamentos para tratamento de doenças raras, com três pagamentos antecipados de quase R$ 20 milhões. Os remédios nunca foram entregues.

O MPF pede então o bloqueio de R$ 19.906.197 dos acusados, dizendo que “de nada adiantaria a condenação do agente ímprobo, ao final da tramitação da ação, se os seus bens já tiverem sido alienados, prejudicando posterior ressarcimento ao patrimônio público e tornando sem objeto o pedido de condenação”.

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Negou

Em nota, o deputado Ricardo Barros negou qualquer irregularidade e afirmou que “tudo foi feito dentro da lei e sob decisões judiciais favoráveis”. “Não se comprovará qualquer irregularidade na minha conduta. Promovi uma economia superior a R$ 5 bilhões com a renegociação de contratos, compras de medicamentos e insumos. Todos os valores foram reinvestidos no SUS. Já fiz minha defesa prévia neste processo”, declarou.