“Não existe racismo reverso”, diz colunista da Folha sobre artigo criticado nas redes
Thiago Amparo, colunista da Folha de S.Paulo e membro do conselho editorial do jornal, criticou o artigo publicado por Antonio Risério no mesmo periódico.
LEIA MAIS:
1 – Bolsonaro reproduz o que provoca “insegurança” nos EUA, diz Janio de Freitas
2 – Mercadante sobre 2022: “Lula terá a possibilidade de apresentar projeto inovador”
3 – União entre Lula e Alckmin está bem costurada, dizem aliados
O que disse o colunista da Folha?
Thiago escreveu no Twitter:
“Não existe racismo reverso. Racismo é sistema de poder – econômico, jurídico, midiático, social, físico – fundado na ideia de que não somos humanos. Nunca houve no Brasil negros com poder oprimindo brancos.
Afirmar o contrário, com anedotas, é desonesto na medida em que é cruel.
Queria que esse cansaço – profundo, desumanizador – se esvaísse; que virasse mar; um mar no qual, juntos, pudéssemos mergulhar, dissipando o cansaço para, ao cabo, incendiá-lo.
Quem dera essa dor de lutar por humanidade cessasse um dia. Desse mar de cansaço faremos o amanhã”.
Não existe racismo reverso. Racismo é sistema de poder – econômico, jurídico, midiático, social, físico – fundado na ideia de que não somos humanos. Nunca houve no Brasil negros com poder oprimindo brancos. Afirmar o contrário, com anedotas, é desonesto na medida em que é cruel.
— Thiago Amparo (@thiamparo) January 16, 2022
O post teve sete mil curtidas no momento da publicação deste texto.
O antropólogo Antonio Risério escreveu um texto na Folha de S.Paulo com o título “Racismo de negros contra brancos ganha força com identitarismo“. O artigo está sendo detonado no Twitter por razões óbvias.
Seguem alguns trechos do texto:
“Sob discurso antirracista, o racismo negro se manifesta por organizações supremacistas”.
“Todo o mundo sabe que existe racismo branco antipreto. Quanto ao racismo preto antibranco, quase ninguém quer saber. Porém, quem quer que observe a cena racial do mundo vê que o racismo negro é um fato.
A universidade e a mídia norte-americanas insistem no discurso da inexistência de qualquer tipo de ‘black racism’. Casos desse racismo se sucedem, mas a ordem-unida ideológica manda fingir que nada aconteceu”.