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Não há remédio contra coronavírus com eficácia comprovada, aponta estudo nos EUA

Imagem: Freepik

De Rafael Garcia no Globo.

“Nenhuma terapia se mostrou efetiva até agora”, afirma um levantamento recente feito por cientistas da Universidade do Texas analisando mais de 100 testes clínicos de medicamentos para combater a Covid-19. O trabalho, encomendado pela AMA (Associação Médica Americana), lista muitas iniciativas já fracassadas e algumas poucas que deixam cientistas ainda intrigados, sem esconder a frustração com falta de evidência para as drogas usadas até agora.

Publicado no JAMA, o periódico acadêmico da AMA, o trabalho fez uma varredura na literatura médica publicada até 25 de março, quando 350 testes clínicos relacionados ao novo coronavírus estavam registrados. Destes, muitos não eram específicos para a doença, vários se referem a vacinas (não fármacos) e alguns se referem a pacientes pediátricos, que não eram o foco da revisão. Sobraram na lista dos pesquisadores 109 iniciativas mais sólidas para avaliar, além de mais de mil estudos, que incluem também relatos de casos isolados.

Em quase quatro meses de epidemia, entre as drogas candidatas já deixadas para trás está, por exemplo, o Tamiflu (oseltamivir). Efetivo contra gripe, o remédio chegou a ser usado inadvertidamente em janeiro em pacientes com Covid-19 que não tinham recebido diagnóstico adequado. Numa avaliação posterior, médicos já constataram que não funcionava bem. O uso de corticoides para tentar evitar os processos inflamatórios mais nocivos da Covid-19 também falharam.

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