‘Não houve convergência técnica entre nós’, diz Ludhmila Hajjar sobre conversa com Bolsonaro
A médica Ludhmila Hajjar disse nesta segunda-feira (15) que não aceitou substituir Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde porque não havia “convergência técnica” entre ela e o governo. Em entrevista à GloboNews, Ludhmila defendeu medidas de isolamento social para reduzir a mortalidade e prioridade à negociação de vacinas. “Cenário no Brasil é bastante sombrio”, afirmou.
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Segundo ela, o que o governo esperava não se encaixa no seu perfil. “A minha qualificação, os meus planos e meus objetivos seguem uma linha, que eu acho que é distinta do governo atual. Então, só me cabe respeitar e agradecer a oportunidade.” A médica disse que a preocupação do governo é com a economia e os impactos sociais, mas ela apresentou outras ideias para enfrentar a pandemia.
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“Penso pra isso neste momento, para reduzir as mortes, tem que reduzir a circulação das pessoas, de maneira técnica e respaldada por dados científicos.”
A médica também defendeu que o Ministério da Saúde se preocupe em orientar equipes médicas sobre a melhor forma de atender pacientes com Covid-19, criando uma referência nacional de protocolo (veja o vídeo abaixo). “Não dá para esperar dezembro a população ser vacinada.”
“O Brasil precisa de protocolos, e isso é pra ontem. (…) Nós estamos discutindo azitromicina, ivermectina, cloroquina. É coisa do passado. A ciência já deu essa resposta. Cadê um protocolo de tratamento? (…) Perdeu-se muito tempo na discussão de medicamentos que não funcionam.”
Ela mencionou a importância de discutir o momento certo de internar ou entubar pacientes, além do uso de medicamentos como corticoides ou anticoagulantes. Para ela, grupos de especialistas e sociedades médicas deveriam estar dentro do Ministério da Saúde para elaborar recomendações.
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