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Não houve fraude em reeleição de Evo, mostra nova análise independente publicada pelo Washington Post

Evo Morales. (Foto; Jemal Countess/Getty Images)

Do Opera Mundi:

O jornal norte-americano Washington Post publicou uma análise nesta quinta-feira (27/02) que aponta que as eleições de outubro de 2019 na Bolívia, que indicavam a reeleição do hoje ex-presidente Evo Morales, foram legítimas, sem indicativos de fraude. A conclusão é a mesma de um estudo publicado em novembro pelo Centro de Pesquisa Econômica e Política (CEPR).

A Organização dos Estados Americanos (OEA), convidada pelo governo boliviano para analisar o pleito, havia afirmado, à época, que teria havido fraude e recomendado a realização de um segundo turno. No entanto, um golpe de Estado derrubou Morales da presidência e instaurou um governo com características autoritárias no país.

“Não parece haver diferença estatisticamente significativa na margem antes e depois da interrupção da votação preliminar. Em vez disso, é altamente provável que Morales tenha ultrapassado a margem de 10 pontos percentuais no primeiro turno”, afirma a análise publicada no Post.

O texto dos pesquisadores John Curiel e Jack R. Williams, vinculados ao MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), aponta que a OEA não embasa a argumentação da fraude em estudos prévios e não traz evidências significativas que suportem a tese.

O estudos apontam ainda que foram feitas 1.000 simulações a partir dos resultados que foram divulgados previamente pelo Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia e que Morales teria, pelo menos, 10,49 pontos percentuais de vantagem sobre o opositor Carlos Mesa. Dessa maneira, venceria em primeiro turno.

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