Aliado no Congresso, Novo planeja abandonar Bolsonaro nas eleições
Presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, afirmou que o partido está “a caminho da terceira via” e não vai apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, na disputa de 2022, segundo o Estado de S.Paulo.
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O que diz o presidente do Novo
O dirigente rebateu a declaração do empresário e fundador da legenda, João Amoêdo, que disse que o Novo enfrenta “um problema de identidade” e precisa se decidir se é de oposição ao governo federal ou se é uma “linha auxiliar” do Palácio do Planalto.
“É equivocado dizer que não está claro se o partido está ou não com Bolsonaro. Isso está pacificado dentro do partido. O Novo não vai estar com Bolsonaro”, disse Ribeiro.
“Sempre vamos respeitar a opinião dele (Amoêdo), mas não vejo que o Novo perdeu sua identidade. O partido tem uma marca muito forte. Essa identidade construída lá atrás não se perdeu, ao contrário de outros partidos que você nunca sabe como vão se posicionar em determinadas matérias. O momento que estamos vivendo hoje é conturbado em função das eleições de 2022”, afirma.
Filiado ao Novo desde 2015, Ribeiro assumiu a presidência nacional da sigla em março do ano passado, quando Amoêdo deixou voluntariamente o cargo.
Ribeiro acusa Bolsonaro de “estelionato eleitoral”, o que, segundo ele, justifica o distanciamento do Novo do presidente.
“Durante o primeiro ano e meio (de mandato), o Novo votou muito com o governo em função das pautas econômicas. A agenda econômica era muito próxima. Parte do discurso do Bolsonaro foi muito parecido com o nosso. Desde então, ele mostrou ter cometido um grande estelionato eleitoral. Grande parte das questões econômicas está vindo à revelia do presidente. Ele, muitas vezes, trabalha contra”, afirmou.
“Na bancada (do Novo) tem alguns mais e outros menos críticos, mas não considero que ela seja bolsonarista”.