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Novo ministro da Saúde critica lockdown e sinaliza apoio a “tratamento precoce” da covid

Da CNN Brasil

Marcelo Queiroga aceita convite de Jair Bolsonaro para o Ministério da Saúde
Foto: Divulgação

Em sua primeira entrevista após ser anunciado como novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga afirmou à CNN, na noite desta segunda-feira (15), que lockdown só deve ser aplicado em “situações extremas” e “não pode ser política de governo”.

“Esse termo de lockdown decorre de situações extremas. São situações extremas em que se aplica. Não pode ser política de governo fazer lockdown. Tem outros aspectos da economia para serem olhados”, afirmou Queiroga em conversa por telefone.

Segundo o novo ministro, é preciso “assegurar que atividade econômica continue, porque a gente precisa gerar emprego e renda. Quanto mais eficiente forem as políticas sanitárias, mais rápido vai haver uma retomada da economia.” (…)

Indagado sobre a defesa de tratamento precoce para Covid-19 por Bolsonaro, Queiroga defendeu que “é algo que precisa ser analisado para que a gente consiga chegar a um ponto comum que permita contextualizar essa questão no âmbito da evidência científica e da ciência”.

“Isso é uma questão médica. O que é tratamento precoce? No caso da Covid-19, a gente não tem um tratamento específico. Existem determinadas medicações que são usadas, cuja evidência científica não está comprovada, mas, mesmo assim, médicos têm autonomia para prescrever”, ponderou.

De acordo com o novo ministro, a conversa com o presidente “foi muito boa”. Segundo ele, Bolsonaro também o “recomendou cumprir a Constituição Federal do Brasil” no sentido de dar amplo acesso à saúde. “É Constituição Federal na veia”, disse.

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