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Operação Pés de Barro: PF faz buscas em investigação de fraude na gestão de Ricardo Barros na Saúde

Ricardo Barros depõe na CPI da Covid
À mesa, em pronunciamento, líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Foto: Pedro França/Agência Senado

Do Estadão

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 21, a Operação Pés de Barro, com o objetivo de apurar fraudes na aquisição de medicamentos de alto custo pelo Ministério da Saúde, entre maio 2016 e abril de 2018, período em que a pasta teve como chefe o atual líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (Progressistas-PR), no governo Michel Temer.

O caso apura um rombo de R$ 20 milhões pagos antecipadamente à Global Gestão em Saúde. Dois dos alvos da operação são ex-diretores do Departamento de Logística (DLOG) do Ministério da Saúde empregados posteriormente no governo Jair Bolsonaro.

No caso, a PF já identificou indícios de favorecimento à Global para ofertar as medicações por força de decisão judicial. O caso envolve a aquisição dos medicamentos Aldurazyme, Fabrazyme, Myozyme, Elaprase e Soliris/Eculizumabe pelo DLOG.

Apesar do pagamento milionário antecipado, a empresa não entregou os remédios. Estima-se que ao menos 14 pessoas morreram por não terem os remédios.

A Global é presidida por Francisco Maximiano. A empresa e Ricardo Barros são réus em ação de improbidade administrativa que tramita na Justiça do Distrito Federal. Por ordem do então ministro, a pasta liberou o pagamento pelos remédios sem que a empresa tivesse apresentado documentos suficientes à Anvisa para a importação. (…)