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Órgão que cuidou de extradição de Allan dos Santos está abandonado

Foto de Allan dos Santos
Delegada que lidou com o processo foi exonerada e órgão está há mais de um mês sem diretoria. Foto: PT no Senado

O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), que pertence ao Ministério da Justiça, está sem chefe desde que enviou pedido de extradição do bolsonarista Allan dos Santos à Interpol. O órgão iniciou o ano de 2022 sem um chefe formal.

O departamento do Ministério da Justiça está sem direção desde novembro de 2021, quando o governo Bolsonaro exonerou a delegada Silvia Amelia. Ela foi a responsável por encaminhar o pedido do ministro do STF Alexandre de Moraes para a extradição do bolsonarista Allan dos Santos em outubro.

O motivo da exoneração foi o caráter sigiloso do pedido feito por Moraes à delegada.  José Vicenti Santini, que é secretário nacional de Justiça mudou o fluxo de extradição, já que agora todos os pedidos precisam ser assinados por ele. Santini é próximo da família Bolsonaro e está no cargo desde agosto de 2021.

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Funcionários do Ministério da Justiça relatam pressão com extradição de Allan dos Santos

Três funcionários do ministério, incluindo a delegada Silvia Amelia, relataram à Polícia Federal terem sofrido pressão durante o processo de extradição do blogueiro Allan dos Santos. A PF investiga se houve tentativa de obstrução do governo durante o pedido, que foi enviado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

Santini, que se ofendeu por não ter tido acesso ao processo, negou à PF tentativa de obstrução no caso.

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