VÍDEO: Pastor que pediu propina sobre mandato de Bolsonaro: “É nosso”

O pastor Arilton Moura, um dos apontados de ser lobista no Ministério da Educação, falou em um evento na cidade de Coração de Maria, na Bahia, no dia 7 de agosto de 2021, que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) é “o nosso governo”. O objetivo da cerimônia em que a afirmação foi feita era justamente apresentar o ministro Milton Ribeiro aos professores do município. O pastor se refere ao titular da pasta como “irmão e parceiro” e diz se orgulhar de tê-lo levado à cidade. A informação é do jornal O Globo. Assista ao vídeo abaixo.
“Vai ficar nos anais da cidade Coração de Maria, onde vieram dois ministros de governo. O Ministro de educação, Milton (Ribeiro), e o ministro João (Roma, da Cidadania), que já é prata da casa. Acima de tudo, só se muda o país com educação. Só se muda o nosso país com a educação. Só há uma transformação em nosso país, se houver educação em cada professor que está aqui hoje. Esse legado sai de cada um de vocês. Por isso quis trazer o nosso ministro, irmão e parceiro ao nosso município. Esse é o nosso governo, é o governo do presidente Jair Bolsonaro. Nós queremos fazer um governo diferente”, afirmou Arilton Moura na ocasião.
Arilton é assessor de Assuntos Políticos da Assembleias de Deus no Brasil e atuava junto ao Ministério da Educação favorecendo a liberação de verbas para prefeitos de partidos aliados. Ele recebia propinas por isso e já chegou a pedir, inclusive, que o pagamento fosse feito em ouro. O outro lobista que teria uma atuação parecida seria o também pastor Gilmar Silva dos Santos, que é presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil.
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O pastor Arílton Moura, que pediu propina em ouro, foi flagrado dizendo que o mandato de Bolsonaro pertence aos evangélicos pic.twitter.com/jHUw7mhGX2
— DCM ONLINE (@DCM_online) March 23, 2022
Pastor se reuniu com Bolsonaro
Gilmar Santos e Arilton Moura, pastores evangélicos apontados como lobistas no Ministério da Educação (MEC), se encontraram diversas vezes com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e tinham livre acesso ao Palácio do Planalto, de acordo com o jornal O Globo.
Eles tinham acesso facilitado, também, com ministros e secretários do governo. Além disso, foram os filhos de Bolsonaro, que também são próximos dos pastores, que impediram que Milton Ribeiro fosse demitido do Ministério da Educação.