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Paulo Guedes: “vida dos sindicatos não será como antigamente”

Reportagem de Carlos Estênio Brasilino e Luciana Lima no site Metrópoles.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve na tarde desta quinta-feira (7/2) na residência oficial do Senado, onde apresentou ao presidente da Casa legislativa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), os principais pontos da reforma da Previdência do governo Bolsonaro.

Ao final do encontro, em conversas com jornalistas, Guedes voltou a garantir que a proposta a ser colocada em votação no Congresso não mexe em direitos trabalhistas. Ele não poupou críticas a sindicatos que se opõem à medida.

“A única certeza que os sindicatos podem ter é que a vida não vai ser como antigamente, onde os líderes sindicais tinham uma vida muito boa às custas dos trabalhadores, que não têm emprego nem benefícios previdenciários corretos“, disse Guedes.

A reação do ministro às centrais sindicais se deve aos ataques lançados contra a ideia de se propor, no futuro, uma carteira de trabalho chamada de “verde e amarela”, na qual as pessoas escolherão os direitos que poderão ter. Para os sindicalistas, a medida criaria “trabalhadores de primeira e segunda classes”.

“O sindicatos foram criados num governo fascista”, contra-atacou o ministro. “O regime trabalhista brasileiro é oriundo da Carta del Lavoro, fascista, do ditador Mussolini, da Itália, que criou lideranças obsoletas, falsas, que na verdade atuavam contra os interesses dos trabalhadores”, emendou.

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Paulo Guedes, futuro ministro do governo Bolsonaro (Daniel Ramalho/AFP)