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Pazuello quer ficar no cargo por temer ações judiciais, diz Reinaldo Azevedo

O General Eduardo Pazuello. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O jornalista Reinaldo Azevedo publicou um artigo, em sua coluna no UOL. sobre a possível saída do general Eduardo Pazuello do ministério da Saúde neste domingo (14). No texto, ele aponta que Pazuello por temer ações judiciais.

Leia trecho do artigo abaixo:

Não! Eduardo Pazuello não pediu demissão. Tampouco está doente, como ele mesmo deixou claro. E, por óbvio, afirmou que entregará o cargo se o presidente pedir. Bem, “entregar” é um verbo impróprio para as funções demissíveis “ad nutum”, como se diz em latim — vale dizer: a dispensa pode ser operada por vontade unilateral, de um só. Não se concebe a seguinte possibilidade: “Sargento Garcia, você está demitido”, ao que Jair Bolsonaro ouviria: “Não saio. Daqui ninguém me tira”. Pois é: quem tem o passado recente do general tem medo.

Ele está sendo investigado. O inquérito já foi aberto pela Polícia Federal, a pedido da Procuradoria Geral da República, com autorização do Supremo — no caso, do ministro Ricardo Lewandowski, como determina o devido processo legal. (…)

O general certamente está preocupado. Já se encontra no Supremo um levantamento que aponta ao menos 11 indícios de que o Ministério da Saúde e o ainda ministro foram omissos no caso da falta de oxigênio no Amazonas. Mais: como adverti dezenas de vezes, Pazuello ficará exposto a uma tempestade de ações por improbidade administrativa. Bolsonaro está bem protegido, fazendo suas loucuras no cargo. O militar, obviamente, não.