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PF diz que Bolsonaro cometeu crime, mas não indicia o presidente

Jair Bolsonaro sorrindo
Jair Bolsonaro se livrou de indiciamento da Polícia Federal.
Foto: Sérgio Lima/AFP

Apesar de concluir que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime ao divulgar informações sigilosas de uma investigação durante uma live, a Polícia Federal não indiciou o mandatário. A justificativa dada pela corporação é que ele possui foro privilegiado.

A PF informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que encerrou sua participação no caso. Segundo o órgão, o delito cometido foi o de divulgação de segredo. As conclusões serão entregues ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso.

Bolsonaro é investigado por causa de uma live nas redes sociais realizada em agosto de 2021. Na ocasião, ele citou dados sigilosos de uma apuração da PF sobre ataques virtuais ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente estava acompanhado do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR). O parlamentar também não foi indiciado, pelo mesmo motivo de foro privilegiado.

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“O inquérito policial mencionado continha diligências investigativas sigilosas em andamento e que não deveriam ter sido publicizadas a particulares, pois estavam relacionadas à apuração em curso”, escreveu a Polícia Federal.

De acordo com a corporação, a divulgação dos dados prejudicou a administração pública e foi usada para dar “lastro” a informações “sabidamente falsas”. Bolsonaro tentava descredibilizar as urnas eletrônicas na live em questão.

“Considerando os elementos de interesse coligidos, que apontam a autoria, a materialidade e as circunstâncias da divulgação, de conteúdo de inquérito policial por funcionários públicos (presidente da República, ajudante de ordem e deputado federal), na live do dia 4 de agosto de 2021 e sua publicização por diversos meios, com o nítido desvio de finalidade e com o propósito de utilizá-lo como lastro para difusão de informações sabidamente falsas, com repercussões danosas para a administração pública, dá-se por encerrado o trabalho da Polícia Judiciária da União”, concluiu a PF.

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