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‘Poderia ter anunciado quem a gente acha que foi’, diz ex-interventor militar do Rio sobre caso Marielle

Reportagem de Vinicius Sassine no Globo informa que o ex-interventor federal na segurança pública do Rio, general Walter Braga Netto , disse ao GLOBO que poderia ter anunciado quem ele “acha” que executou a vereadora Marielle Franco(PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes , mas que optou por não buscar um “protagonismo” na investigação. Marielle e Anderson foram executados há quase dez meses, num crime político ainda sem solução. A execução dos dois, na região central do Rio, foi uma das principais marcas da intervenção federal decretada pelo então presidente Michel Temer. “Nós fizemos todo um trabalho. Não procuramos um protagonismo. Eu poderia ter anunciado quem a gente acha que foi, ou dito ao (general) Richard (Nunes, secretário de Segurança Pública durante a intervenção, para que o fizesse), mas quisemos fazer um trabalho realmente profissional”, afirmou o ex-interventor nesta sexta-feira, no evento de transmissão de cargo do comando do Exército, em Brasília.

De acordo com a publicação, a reportagem questionou Braga Netto, então, se era possível ter feito esse anúncio até o fim da intervenção, em 31 de dezembro. “Você viu que está adiantado. Se mantiverem as equipes que estão fazendo as investigações, vão chegar a um resultado em breve”, respondeu. O ex-interventor afirmou que o novo chefe de investigações de homicídios no Rio já declarou que a apuração do caso Marielle está adiantada.

“É lógico que eu gostaria de ter entregue o caso”, disse Braga Netto. O general afirmou que ainda é interventor, mas agora para tratar especificamente do “problema do legado” deixado pela intervenção. Ele deve morar em Brasília e, em fevereiro, o Exército deve decidir o destino do militar, completa o Jornal O Globo.

General Walter Braga Netto. Foto: Agência Brasil