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Polícia Federal aponta que o gabinete do ódio de Bolsonaro se expandiu além do Palácio do Planalto

Eduardo, Jair e Carlos Bolsonaro

O inquérito da Polícia Federal sobre atos antidemocráticos, que teve o sigilo foi parcialmente removido neste mês, mostrou mais informações sobre a estrutura de páginas e perfis nas redes sociais ligados ao chamado “gabinete do ódio”.

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Além do grupo de assessores empregados na Presidência da República, novos elementos confirmam que o grupo tinha grande capilaridade, envolvendo os três filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e políticos aliados. Esses novos elementos reforçam a tese de que o gabinete do ódio é coordenado diretamente pela família Bolsonaro e operacionalizado por três assessores presidenciais recrutados pelo vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos). Os nomes são: Tércio Arnaud Tomaz, apontado como chefe do grupo; José Matheus Salles Gomes e Mateus Diniz.

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À PF, eles admitiram pela primeira vez atuar na comunicação do governo federal.

Gabinete do ódio é o nome dado a esse grupo de assessores que trabalham no Palácio do Planalto com foco nas redes sociais, inclusive na gestão de páginas de apoio à família Bolsonaro que difundem desinformação e atacam adversários políticos do presidente. É irrigado com dinheiro público. Essas investigações indicam contudo que essa estrutura vai além do governo federal, envolvendo também assessores dos filhos do presidente e de outros políticos aliados. Uma das hipóteses de crimes contra a segurança nacional investigados pela PF diz respeito a essa rede de contas.

PF afirma que, entre 2019 e junho de 2020, agentes públicos ligados à Secom (Secretaria Especial de Comunicação) e a políticos aliados ao clã Bolsonaro usavam canais no Twitter, YouTube, Facebook que incitaram “parcela da população à subversão da ordem política ou social e à animosidade das Forças Armadas contra o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional”.

Com informações de Igor Mello no UOL.