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Por meio de rateio e sobrepreço, Dominghetti negociava vacinas, cloroquina, ivermectina e até nióbio

Luiz Paulo Dominghetti em depoimento na CPI da Covid. Foto: Agência Senado

Luiz Paulo Dominghetti tinha método de rateio, sobrepreço e uso de “barriga de aluguel” em vendas.

Nas horas vagas, o policial militar atuava em conjunto com outros intermediários na oferta de medicamentos, equipamentos hospitalares, peixes, esmeraldas e até nióbio.

Em uma rede de intermediação, os participantes do grupo tinham lucro a partir do “comissionamento” (o “overprice” ou sobrepreço) dos produtos.

Eles utilizam um percentual de sobrepreço que garanta ao grupo o rateio de uma margem de ganhos para cada negociação.

Com a venda da AstraZeneca ao Ministério da Saúde, seu grupo planejava obter um valor de cerca de 2% em cima dos US$ 7 da vacina.

A expectativa era ter uma comissão de R$ 18 mil para cada 1 milhão de doses comercializadas.

Os vetos impostos pela Davati e pela AstraZeneca impediram o overprice, no entanto.

Mensagens de celular de Dominghetti mostram ainda que o grupo usava empresas sem relação com as negociações como “barriga de aluguel”.

Eles usavam a companhia como referência em troca de dar a ela algum lucro.

Entre os produtos negociados no portfólio do policial militar estavam ivermectina, cloroquina, amoxicilina, diazepam, propofol, prolimixina B, respiradores, luvas, máscaras e aventais.

Além dos produtos de saúde, ele revendia esmeraldas, diamantes e até nióbio.

Com informações do UOL.